sexta-feira, 12 de agosto de 2016


Ensaio de mim



      As portas se abrem...




                                                            Luares



Meia-hora por isso, de estar.
Tipo assim, tudo e nada.
Eu sempre falo, e pode ser título.
Vou ver, vou ver...
Por mais, qualquer.
Também não falo mal do que me envolve, humano.
Está tudo muito bem, ou tudo muito bem, até aqui, foi, aos trancos.
Dos barrancos caídos, nem falo.
Mas a beleza de estar com vocês, a beleza.
Muita gente na volta, vespertina.
Como toda volta, ou noturna, ou alvorada.

                                              
                                              { ... }




As portas estão abertas...
Na medida nascer diário, componente...
O campo no fluxo, dia e noite.
O cimento que abrange o momento na continuidade, se responsabiliza por tudo e todos, na agudeza em concreto.
Outros que passem amanhã ou depois, estou agora.
Quero isso que tenho de nada por menos e existo.
Será maravilha um conter-se descomunal/flutuante?
Ou será que o que é não será, vindo a ser o que não foi?
Ah, tenho a certeza de algo, e me exploro, devastado.
Todos voltarão a passar, onde não...
É certo na escuta dos passos em lei, o acordo.
Quando alguém se der conta, já está paga.
É, já estará paga, a conta.
Talvez o bom disso, bondade e maldade no inverso, vislumbre.
Já provei todas as modas, por aí, que não sei onde, nem das modas, o melhor é estar por nada, livre, sóbrio, na embriaguez.
Digo, é bom sentir a viagem completa, em conjunto.
Nunca vamos esquecer do estado repleto das células, acima cortantes, amantes...
Como se... ou, apenas isso, máximo brilho.
Vou tocar as paredes do mais leve portal.
Vou estar lá como visitante, ausente.
Pois a volta é a garantia de que tudo se foi, de novo.
A repetição disso é uma arma carregada, bomba e bomba ao jogo de luzes, correntes.
Um riacho longo/inteiro e cheio de ouvintes cegos.
A mais séria continuação de todas, e muitos na carga.
Toda continuação é uma carga séria, a ser tomada.
Meu copo está cheio.
O som da ceia é o mesmo.
Amigos no riso feito, farsante querido.
Como e longe é tudo, horizonte vertical, astros de prata.
Brincar/criança é o melhor antídoto adulto, na permanência.
É o brincar de vida grande quando pequeno, a grande vida;
É estar e apenas, por algo, como se sabe.
A lagoa está complexa de juncos...
Ou perplexa.
O relato melhor é o fato maior, e nem sempre.
Quero ouvir dos queixumes de uma manhã solteira.
O céu de estrelas é um grande quadro, e leio.
Nos lábios daquela vermelhos, espelhos e vejo:
Perto.
Não sinta-se no sufoco, respire alvorada, beba o dia.
O viver sobressai... sobreviver.




Todos os poemas de uma só vez, em raio.
Papéis sobre a mesa, rasura.
Isso de uma vez foi na folga, vívida.
Um tiro corrido ao espasmo.
Bom, melhor que isso, pra mim, não sei.
Eu escrevo de mim, ensaio de mim, quando as portas se abrem e contínua vertente...
Tipo... falo de todos, também, na vertigem... alienação.
Vocês acham que estão certos?
O que é certo?
E você acha...
All right... o espaço e na precisão persiste, que falo sempre, estar ao que for, e na luz.
A corrente geradora é mística.
A nuvem no gás primórdio permanece, e muitos ofuscam, ofuscados.
Para pensar em liberdade, se desprenda.
As coisas acontecem como se não fossem, e alguém acredita.
A canção está sendo escrita, sempre uma nova.
O baile é um amanhã na continuidade.
O beijo é tapa de luvas, não dado.
Agarre minha mão, destino de sombra, me guie nos porões da sabedoria generalizada, sim, essa, milênios/segundos, por apenas...
Só quero continuar.
O correto se torna errado quando o erro é certo.
Outro dia e todas aquelas pessoas, na mudança...
Olhos e bocas na vizinhança, desvario.
Eu vejo esse filme passar...
Eu sei do fim, que não sei.
A dança na rua se repete por quem não esteve no jogo, criminal.
Tem um hotel aberto na segurança e prostitutas no baile, onde armas e fogo, resultado/resultante, amanhecendo.
Me passe o fumo, companheiro, está quase de manhã e não senti nada, essa noite, solteira.
Gritos de quem é mudo escuto no arquivo mental, e exploro.
Uma guerra fria em contexto marítimo, cerebral.
Aviões sobrevoam meu cerebelo.
A contagem está quase, por todos e nenhum, na chance, maior.
Nada é a dica pra nunca, e sigo ali, constante.
No volante da vez a capotagem, o corte na carne, a subtração do que não foi, banido.
As regras caindo e lodo...
Os ventos na carga de um mundo, alienígena.
Pessoal, é necessário acordar, e morremos.
É o que dizem por aqui, nesta terra de magos, dançantes.

Pode nada sobrar do resquício de um dia, e a noite ainda. 




Um som neutro por nosso convite, memórias e afins.
Toda espera vem a configurar o elemento primordial, no estudo das almas.
Ou seja, o valor vem imbuído.
Um guardião aprimorado às épocas.
Feche os olhos e se convença, a distância entre tudo e nada é contigo e se eleva, simples fato, fato simples.
O melhor e o pior, em limo, parede medieval.
Aguardamos a entrega do posto, exercido e corrido.
As medalhas estão extraviadas, se tiverem...
Se tiverem medalhas. Ou latão blim-blão, glória mundana.
Os respectivos enlaces natura, pura e nua e crua, altiva.
Estar e subir imediato, alívio.
A esfera gira num entorno complexo.
Naves despencam mares, mares se poluem em mão humana.
Estamos pra isso, e representa que só...
Pó & dor, no meio da hora. Vadia e vazia, vizinha, se não melhor proveito. E tu quem faz. E tu quem vibra, por ela e com...
As monções de um inverno...
As brigas e dores, amores...
O salto e o pouso, reflexo interno-exterior, palco e auditório, longo e revisto, do que foi e não.
Esta é a cooperação dos espíritos, para com outros.  
O balanço e genial, amplitude.
Trago versos para um depois, qualquer...
E seja o que for, valendo.
O risco e o fisco, escrito.
A boia do rio na beira das pedras reflete o fogo na mata.
E ideia de quem?
Pouco importa, o que importa já foi, nem sobra.
As ruínas de um pavimento em construção, estão, na viga.
O alicerce, o tempo.
O fim, a pintura... o acabamento.
Está tudo em pouco, muito.
Ou tudo é muito pouco?
Vem tudo de uma visão, uma palavra carregada de imagens, escrita.
O belo e o tosco na divergência, de amor.
Talvez o melhor disso, isso:
Dois pontos para um amanhecer.
O sol vem claro, amante.
A lua se vai, solteira.
Eu contribuo para comigo mesmo, no ensaio.
Sim, escrito de lances, eleito infantil, velhaco.
Um parecer escondido, cavernas, minha própria consciência.

Agora que toda morada foi aberta, me estico e me deito, rolante vigia:
Ar e pulmão.   






Poeta das Sombras


                          AQUI & AGORA!


A real fé interminável que sentem: é a que vigora.
Ei, man, o espaço grande, garante, radiofonia.
Enquanto todas as horas passarem restritas, ainda estaremos.
Nada mais como foi, e toda volta reagente.
Sigo estrangeiro num mundo que dorme.
Asas de voo...
A união do espetáculo feito em linhas...
A corrida.
O soco.
O gelo.
A morte.
O estar e não, por apenas, poemas...
Somos únicos num palco em espera.
Estou aqui como nada.
O vivo me pertence, assíduo:
Doctor Language e o princípio...
Corro, paro, ou sigo?
A vertente ilusão me guia...
Nada como foi... novamente.
Os gritos de um amanhecer constante, ouço, e me calo.
Entrei num plano em chamas...
Apresentando as coisas como não foram, ou foram outras...
Quando não estive falei mais alto, e ninguém.
Aqui é onde eu sempre começo vitorioso, na derrota.
Todos os pássaros me ouviram passar...
A realidade começa quando tu pisa à frente, de sonho...


                                                                                   Luares.


                  





A simetria do passo, nada mais, como não.

Referências de uma vida, ou mais.

Ainda estou no aguardo, qualquer.

Como se uma força estivesse por si, só, e violenta.

Um critério estipulado de sombras e riscos, dores e alegrias.

Gente dançando na beira do lago, de enfeite.

Pombas e águias no colo do sempre acasalam na aliança do voo,
e outros que vejam, o que não são.

Quando exatos milímetros de instante forçado são necessários, a fuga agradece, e esfinge.


Agora o que vejo em dia maravilhado, maravilhoso, me viro de nuvem agreste, pasto de chuva.





                                 “ Gravitação ”



Hoje quero e espero escrever um poema enorme,
sem impedimentos ou algum violento constrangimento da parte oculta que me toca.
Falarei da música em poesia e de toda minha estrutura filosófica se adubando aos dias que se me revelam.
As dúvidas que já tive quanto a tudo isso na ronda imutável e distinta meus momentos, hoje se depositam num contorno ácido, embalados e todos na rachadura das regras, que por terra alavancam trajetos, acima.
Um bem um mal em engrenagem assídua, recíproca, e de grande explosiva inteligência, composta assim como dos maiores,
os menores, em gestão ativa passante, no rastro.
Procuro escrever o que escrevo num pulo desconhecido, por vendas negras, na revelação, claridade.
Hoje expresso aqui um trem férreo no choque, apaziguador das entranhas no círculo fé.
Venho aqui hoje como um eterno amanhã, que não sabemos onde vai dar nem o quê, mas acreditamos, acreditamos sem parar numa força ilimitada que nos forma e irriga aos confins de nosso insucesso, parcial.
Hoje pretendo escrever um poema gigante: aperto parafusos,
Lubrifico roletes e ajustes, para dança espectro-universal,
rumo espaço –

Único e propriamente, da mente.




Todos os poemas em uma distância, aniquiladora.
Por excelência um instinto observador, incontido,
consistente.
A mais magnífica e fora de série série de instintos,
ligados, nas derivadas sugestões de um vivo
permanecer completo e relapso,
ao vivo.
Tudo se repete como estar aqui em passado
e presente, para um futuro.
Tudo é o mesmo e você já não lembra.
No ruído em silêncio a meditação,
sonoridade influente meus passos, avante.





                                 “ Nitescência ”



Outrem teria um juízo exato, por esse início de século XXI,
no respeito de que poetas de períodos nobres denominavam insuflação divina, iluminação poética?
Se não for assim, eu contarei...
Com as sobras menores de crendice interior, qualquer um no ato saberia dos obstáculos ao contestar a informação de que lhe resta apenas alguma existência espiritual por algum corpo, mais um minúsculo narrador mediúnico de alta influência e única em atmosfera sentida.
O conceito de reputação, na sensibilidade repentina e sisuda de uma delicadeza no trato, se dá límpido e esplêndido na capacidade influir e alterar alguém em seu mais abissal interno, descrito no modo comum a posição.
Escutamos, não procuramos.
Tomamos, sem investigações ou nascentes oriundas da natalidade.
Um tipo trovão, num relâmpago se torna claridade,
por obrigação, num jeito que dispensa formalidades;
Eu mesmo, jamais me indispus.
Um brilho recitativo e de fato, lacrimejante, o qual num ritmo ligeiro incandescente me chama orador, descomunal,
me influindo até a planta dos pés.
O mais doloroso e o mais escuro não têm resultado deletério, mas sim imposição, exigência, numa necessidade de mais luz, num trecho animal de longínquos desejos e aspirações, ampliado ao infinito.
Aqui vem tudo flamejante, numa busca incontrolável escrita, não me faço, não posso me fazer...




Ainda tenho tempo por aqui
Não espero nada disso ou daquilo
Mas espero viver, coisas desse tipo ou daquele
Tanto faz, ou fez, mas sei, sei, eu sei do que me move
do que me influi a estar e não em hora mesma,
aqui e ali, por isso.
Siga na sombra do vale
Escute a música nascente do dia
Da noite
Vou te cantar do espaço recreio em silhueta
Aí sim, o que falo vai se atar ao destino
Estarei nas notas que componho.
Abra seus olhos
A manhã está linda
Ore comigo mais uma vez
Agora mesmo
Ore comigo
Ainda tenho tempo por aqui
Deixe o som viola se aprimorar
Se eu fosse um pássaro estaria mais longe
Se eu fosse um pássaro estaria mais longe
Não vou arrastar correntes
Cavar buracos, ou mentir sem razão atraente
Essa canção é o retrato dos últimos dias
Não espero nada disso ou daquilo
Não vou mudar de idéia
Certo e errado são detalhes
Ainda tenho tempo por aqui
Essa canção é o retrato de futuros dias
Tanto fez, ou faz, mas sei, sei, eu sei do que me move

Siga na sombra do vale
Escute a música nascente do dia
Da noite

Se eu fosse um pássaro estaria mais longe.




                      “ Gato Selvagem ”


Tem um gato selvagem no fundo de meu pátio
Olhos verdes, lindos
Tem um gato selvagem no fundo de meu pátio,
lindo e negro
Seu olhar me diz das reentrâncias sombrias de um todo aspecto, humano
Tem um gato selvagem no fundo de meu pátio
Este gato eu alimento e isso todo dia
E esse gato é um segredo
Olhos verdes, lindos
Tem um gato selvagem no fundo de meu pátio,
lindo e negro 
Quando ele me olha, eu não me seguro
Me dirijo e dentro de mim numa velocidade obscura,
Olhos vendados, adivinhando futuro
Gato selvagem por perto
Gato da noite
Correndo manicômios e prisões
Música na adversidade
Eu me alimento no alimento gato selvagem
Nas portas do blues
De sangue
Gato nenhum e mais selvagem nenhum
Gato negro
Gato selvagem
Correndo de inferno paraíso
Madrugada solteira
Copo cheio.
Gato selvagem, alma trancafiada.



.......................................................................
Os dias estranhos nos encontraram
e através de suas estranhas horas
ficamos sozinhos à espera,
corpos confusos, memórias mal usadas,
enquanto trocamos o dia
pela estranha noite de pedra.

Jim Morrison.
.................................................................



“ Poetas&Poemas ”  ( Compilação )


Imaginem, o poeta está morto apesar do barulho das crianças.
A cidade é passada pelo rio como uma rua é passada por um cachorro.
É outro sonho este, longe de um sonho dormido; mas como
sonho acordado, não durmo, vivo.
Teu ar, teu gesto, tua fronte
São belos qual bela paisagem.
Nós merecemos a morte, porque somos humanos e a guerra é feita pelas nossas mãos.
Onde está o velho violinista Jones que brincou com a vida durante noventa anos, desafiando as geadas a peito descoberto, bebendo, fazendo arruaças, sem pensar na esposa nem na família, nem em dinheiro, nem em amor, nem no céu?
Conheço rios tão antigos quanto o mundo e mais velhos que o fluxo de sangue humano nas veias humanas.
Não há poema isento. Há é o homem.
Há é o homem e o poema. Fundidos.


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Moacir Amâncio
João Cabral de Melo Neto
Luciano Soares
Charles Baudelaire
Cecília Meireles 
Edgar Lee Masters
Langston Hughes
Alphonsus de Guimaraens filho
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“ Vinho Spodiodi ”

É agora ou nunca, amanhecer.
Se dirija estandarte na parada e fino e livre e dócil até última fileira do empate, o vinho é bom.
Analise de perto as uniões, reuniões, sacras, o troço é valioso como tal ortopedia.
Mal penso no que fazer e tá feito.
A coisa mais pura já nasce brilhando no efeito astronômico, um paralelo, pouco em pouco de sublime em sublime arriscado; Uma dose de vinho do porto, uma dose uísque e outra dose de vinho do porto, o alicerce, o cerne discernimento.
Salte os olhos, atravanca e constrói novo e de girar uma premissa, prelúdio, não falte aula.


Maravilha é o céu do mundo e o gosto das mulheres,
por aí afora.
Todos os versos se completam automaticamente em júpiter universo, deslocados das partes mais fundas e placas de um estado vivo arquitetônico e expresso escrito.
Maravilha um andar, voltas e curvas e de frente batidas,
a pausa e o play, certame.
Lar em Missoula, lar em Truckee, lar em Opelousas,
não há lar para mim.
Lar na velha Medora, lar em Wounded Knee,
lar em Ogallala,
não terei lar até o fim.
                                                   Lspoeta and Jack Kerouac




Espelhos se fundem e formação
ideia
na informação
jogo e ritmo.
No palco maior
A face crescendo
Alimento dos lobos
Covil.




Paz, meu amigo, que a luz paire em teu caminho não como o véu da noiva em tempos modernos, mas como sal em mar e cavernas. 
                                                   


Mergulhe nas profundezas do desconhecido
Um solar intento permissão
E tudo se abrindo normal
Moléculas na atividade
Mosaico.

                                                                      

Quando a hora passa
penso em ti,
e quando ela não passa penso
em ti,
e quando não penso em ti
não tem hora.

                                                                 


Do infinito.
Quando arte se desvendou mistério suave, nasceram homens dignos do oculto.
Vista o motor, caravana, há dias marejo minha sorte, cinza fria ratazana solar.
Pálida e serena cortesia é o furto civilizado das flores que sonhamos, crescendo.
Amanhã seremos outros, novos espectadores da máquina bomba de terra, se livrando dos ossos.
Na minha procura tenho rastros de praia ao deserto solidão, invadido na sorte.
Em timbre humano, desencadeio num salto grotesco a velocidade que invento na pilha das ruas.
No instante de ferro o fio segundo espada de aço em corpo gentil, donzela.
Acredite e poderemos, na mudança saudável, erros de giz.
Cultivo geada em mim por dentro, calabouço e abrasivo, vizinhando colapso.
Enfim, música e poesia em mim, sempre foram isso, mágico, tapete.
Afinal, nesse mar as ondas, eu que faço.
Um tipo assim... veículo, sem freio, onde a parada, poético indivíduo, pescador.
Grandes conhecimentos, não tenho.
Do universo escuto o eco, prefiro ser andaime a ser pilar.
O instinto em si, num todo, vem a ser maior, e isso fato comprovado, reação dos temas.
Gente, é seguir e deu, o resto acontece, grandioso.
Em razão de terra também viela vazia, roubo, prostitutas pelo beijo cobrado, esmalte.
Uma comum atitude numa tarde calorosa, é num livro de poemas aberto, seu olhar, infinito e astuto, pensar caloroso.
Os ventos mudam, jardins de algum século sem flores e muitos na missa sem saber da oração, causa e efeito.




A sala um núcleo intacto à tempestade.
Ei, palavra, e ainda quantos degraus na forma vasto horizonte?
Não fique por aí, entre...
O menino está pronto.




Vejo quadros na hora que passa.
Por todas as cores.
Lembrei disso agora. Do resto, me esqueço e durmo, me faço.
Bom é estar solto como as ondas, sem mar.
O efeito magnético, livre.
O poema é a maior manifestação do silêncio, e cultivo.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias ( do mundo e as nossas ).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogios.
 
Luciano  Soares & Manoel de Barros.




FALAR COM AS FLORES, É FALAR COM DEUS.
COM OS ANIMAIS, É FALAR COM DEUS.
FALAR COM VOCÊ, É FALAR COM DEUS.
OS RIOS CORREM, E NÃO SABEM DE VOCÊ OU
EU, AINDA ASSIM ELES CORREM,
NA RENOVAÇÃO;
SENDO SEMPRE ÁGUA.
FALAR DA ÁGUA É FALAR EM DEUS;
LORRAINE, VOCÊ MEU ANJO.

NOITE PERSA...

Em razão de terra também viela vazia, roubo, prostitutas pelo
beijo cobrado, esmalte.
Amanhã seremos outros, novos espectadores da máquina bomba de terra, se livrando dos ossos.

Passo adiante
Me viro e retorno
Dinamite.
Claro, sou igual a você, perseguição.
Mil anos atrás, e os mesmos.
Rebento ao que se move.
Por hoje admito minha incumbência,
admitida por sempre na inconsciência,
oriunda do orbe.



 Pântano solitário
 Caminho.
 Virgem enamorada, a promessa pode
 ser falsa
 louros na esquina.
 Na carona da estrada uma faca
 na cintura, garoa.
 A plantação se abastece de assassinos
 pela hora que roda, asfalto.



Meu eu meu DEUS
Como somos pequenos de corpo presente
enquanto estamos
Meu eu meu DEUS
Como tudo isso é belo e o belo
já diverge
por sempre
na distinção.    



" O RIO VAZIO "

NÃO ERA UM RIO
ERA UM MAR
O RIO VAZIO.
DIAS ELE ERA UM RIO
MAS NÃO SABIA
E O DIA QUE ERA MAR
NEM VIA
VADIO
AQUILO VAZIO
NEM MAR NEM RIO.



Poemas são pedaços humanos que ficam pelo infinito por causas
humanas.
Poesia, é o espelho disso, e carrego.

Quando arte se desvendou mistério suave,
nasceram homens dignos do oculto.




" Uma Vez... "

EM SONHO MEU UMA VEZ...
UMA VEZ VI GENTE NA LAMA, EM OUTRA,
MAS ISSO OUTRA VEZ
OUTRO SONHO
VI GENTE NUMA CAMA
DE SANGUE,
DE SANGUE PURO NÃO COMO VINHO QUE EMBRIAGA MAS
COMO O FIO LAMINOSO QUE APAGA DA LUZ VIVA O SONO
QUE ACORDA, DO MORTO FUTURO VIVO E ALEGRE A VOZ.
UMA VEZ...




Me traga sua música despida em harpa animal, a coisa toda funciona
estalo humano, se proponha.
Esquece tudo e sonha, pois nada mais que isso, é isso.




`` Parestesia Síncope ``

PEGO A CANETA E ME REPARO, ALGUM ESTRAGO VIVIDO.
AMO VOCÊ QUE NÃO CONHEÇO, QUE NÃO ME CONHEÇO.
QUANTAS PÁGINAS...
O RETRATO É O MESMO, DE FOGO.
ANDE COMIGO, PASTORAL, POIS ADORO ESTAR CONTIGO, NO EMBALO.
POEMAS ME FAZEM OUTRO, EM PESCARIA COLORIDO DESTINO.
AS COISAS MUDAM, E SEI QUE ESTOU SENDO LIDO NUM JAPÃO DE OUTRO PLANETA.




" O Gato "

AMIGO SILENCIOSO
EM SEU PORTO SEGURO.
ELE VEM E VAI E NÃO TEM DIA QUE DO MEU OLHO FUJA,
PERTO DAS CINCO E MEIA, DA TARDE.
AGORA MESMO, ELE TÁ DEITADO, OBSERVANDO UM INFINITO CHAPADO,
COMO TODA ESTÓRIA.
A TARDE VEM CAINDO, ELE VEM E VAI E NÃO TEM DIA QUE DO MEU OLHO FUJA,
PERTO DAS CINCO E MEIA, ALARDE.
VEM POEMA, TE SANTIFICA, SÓ MAIS SANTO QUE ESSE GATO TU NÃO FICA,
E TENTA.
A TARDE VEM CAINDO, E NÃO TEM COISA MELHOR QUE VER A TARDE CAINDO,
POR CIMA DE MIM
DO GATO
POEMA
QUERUBIM.



“ ORAÇÃO POEMA ”

OBRIGADO,
ENORME PAI DE LUZ,
RETENTOR DE TODA UNIVERSAL BONDADE DO SER,
MESTRE DE GRANDIOSIDADE PRIMORDIAL NO CULTIVO DAS ALMAS;
OBRIGADO,
POR ESTE MOMENTÂNEO PLANETA CASA, QUE DE PASSAGEM NOS FILTRA E ELEVA A UM ATMOSFÉRICO
ESTADO DE PAZ ETERNA AO COMPREENDERMOS AS NATURAIS FORMAS TERRENAS QUE NOS CAUSAM
E TORNAM EFEITOS TRANSPARENTES, QUE A NOSSOS
OLHOS, VEZES SE FAZEM;
OBRIGADO,
PATRIARCA CELESTIAL QUE A RODEAR NOSSOS PASSOS,
SE ENGRANDECE DO MAIS PURO ESMALTE DO SEMBLANTE
VERDADE;
DO INÍCIO AO FIM FICAMOS TODOS CERTAMENTE AGRADECIDOS PELO BRILHO VIDA QUE A NÓS CONDUZIDO
É;
PALAVRAS E PALAVRAS EMBORA VERÍDICAS E REFINADAS... POUCAS!
PARA IMPRIMIR O SENTIR DO QUILATE TERRENO O QUAL
PRESENTE NOS FAZ;
OBRIGADO SENHOR... OBRIGADO...
E QUE A PAZ A CADA MAIS NOS FAÇA ESCRAVO,
ASSIM COMO A INFÂNCIA JAZ O PECADO.
AMÉM... OBRIGADO.

                                                                     LUCIANO.




    “ PERDÕES JOSÉFA ”


 SE JOSÉFA APARTAR ESTE ESTADO,
 REFLITO QUE...
 DE MIL COITADOS SÓ VAI RESTAR,
 ESTE POBRE APAIXONADO.
 PARA QUE NÃO FAÇAS TAL EMPENHO,
 MEUS DESEJOS SÃO QUE AO APLICAR
 A FORMA,
 JÁ ESTEJA APAGADO.
 PERDÕES JOSÉFA,
 SE JOSÉFA APARTAR ESTE ESTADO,
 REFLITO QUE...
 DE MIL COITADOS SÓ VAI SOBRAR,
 ESTE POBRE APAIXONADO.
 ASSIM QUANDO PASSAS DESENHO,
 OS CORTEJOS QUE POR TI, AO LEMBRAR
 QUE TENHO, SÃO TODOS SONHOS, DA VOLTA,
 JÁ ESTRAGADO.
 PERDÕES JOSÉFA,
 SE JOSÉFA APARTAR ESTE ESTADO,
 REFLITO QUE...
 DE MIL COITADOS SÓ VAI RESTAR,
 ESTE POBRE APAIXONADO.
 AO ELABORAR NOVOS PLANOS DE AMAR,
 CONFESSO, QUE EM TODOS VAI ESTAR,
 E MUITO VOU SONHAR, E AO NEGAR,
 QUE NÃO DIGAS QUE FUI ENGANADO.
 PERDÕES JOSÉFA,
 SE JOSÉFA APARTAR ESTE ESTADO,
 REFLITO QUE...
 DE MIL COITADOS SÓ VAI SOBRAR,
 ESTE POBRE APAIXONADO.
 DAS CONDIÇÕES QUE VAI ME DEIXAR,
 TE NEGO A DE NÃO TE BEIJAR,
 ESPERO TEUS LÁBIOS EM MEU PENSAR,
 E QUE NÃO ABANDONES ESTE ILUMINADO.
 PERDÕES JOSÉFA,
 SE JOSÉFA APARTAR ESTE ESTADO,
 REFLITO QUE...
 DE MIL COITADOS SÓ VAI RESTAR,
 ESTE POBRE APAIXONADO.
 DAS CANÇÕES QUE CANTAROLEI A TI,
 PRA ESQUECER DE TI,
 MUITOS CORAÇÕES ENGANEI,
 AGORA JÁ ESPERO MINHA ALMA,
 DO OUTRO LADO.
 PERDÕES JOSÉFA.




EU AQUI, COM SAUDADES DE TI, CORRENDO VIVO AS LINHAS DO LIVRO,
VOCÊ EM MIM.
NÃO ME DESESPERO, TENHO DESESPERO ASSIM:
AS HORAS CORRENTES QUE POR VOCÊ SOFRI.

NOITE E DIA EU CAMINHO NUM QUARTO APERTADO, COM VELAS
ACESAS POR LÂMPADAS LIGADAS QUE ESTANDO DESLIGADAS SE
AQUECEM NO SILÊNCIO - O POEMA E A MADRUGADA -





" FORAM TRÊS FLORES "




 FORAM TRÊS FLORES, QUE TEMPO SECOU:

- PRIMEIRA:
 NA VELOCIDADE DA LUZ NOSSO AMOR BRILHAVA,
 SE EXPANDIA NUM PALCO DE NOÇÕES CRISTALINAS,
 E VAIDOSAS.
 TUDO ERA, NOS AFAGOS, ÉTER E CALOR;
 NOSSO AMOR NÃO CANSAVA, EM TUDO EXISTIA.
 MAS COMO TUDO, FIM - SE FOI SOFIA.

- SEGUNDA:
 MAIS FORTE QUE AÇO NOSSO AMOR NÃO SE ALTERAVA,
 NUM ALTO DE OCASIÕES DIVINAS E BRILHOSAS,
 SE ESTENDIA, EU LHE AMAVA.
 MAS COMO TUDO QUE AMEI, NO MUNDO, O FINAL RODEAVA
- UMA INJUSTIÇA -
 POR OUTRO ME DEIXAVA LARISSA.

- TERCEIRA:
 COMO O MUNDO FOI PEQUENO PARA TAMANHA AMOROSA
 REVOLUÇÃO, DE AMOR O CORAÇÃO CHEIO,
 FALTAVA MUNDO, ESPAÇO, 
 NEM NO MEIO - EM TUDO AMOR BROTAVA -
 MAS HOJE VEJO MELHOR, NASCEU ELA PRA SANTA,
 SINTO-A NO ESPAÇO...
 NESSE DURO MUNDO, SAUDADES DEIXOU BIANCA...
 E UM LAÇO.





“ NUANCE ”



DESFAÇA SUAS MALAS, SOU CHUVA.
PEGUE SEUS CARIMBOS, SEREMOS NAÇÃO
E TODO MUNDO SABERÁ.
A FORÇA DOS PALCOS PODE SER MAIOR MAS MEU AMOR
POR VOCÊ E POR TUDO
NUNCA SE MEXE
NUNCA SE MEXE NEM SAI DO LUGAR,
JAMAIS.
TRAGA SUAS COISAS PRA PERTO DAS MUITAS QUE TEREMOS,
UM SÓ E APENAS SEREMOS.
AGORA SERÁ NOVA ESTAÇÃO COM ISSO TUDO NOSSO,
E JUNTOS FAREMOS MAIS, FAREMOS MAIS.
E O QUE SINTO NO AR FALA MUITO DE NÓS SEM OS PERIGOS, OS PERIGOS...
E JÁ NEM SEI O QUE FALO NA EMBRIAGUEZ DE MEUS
SONHOS
POR NOSSA VEZ...
DESFAÇA SUAS MALAS, SOU CHUVA E TE QUERO
E MINHA NOSSA, SEI QUE SEREMOS TUDO MUITO MAIS
DE ESTALO EM ESTALO.
VAMOS ACORDAR UMA NOITE NA LUA E FALAREMOS NADA
VAMOS DANÇAR NA BEIRA DO OCEANO FUNDANDO NOSSO
PAÍS, ÚNICO TERRITÓRIO;
PEGUE SEUS CARIMBOS, SEREMOS NAÇÃO E TODO MUNDO
SABERÁ.
EU NÃO CANSO
EU NUNCA CANSO, DO MUNDO QUE FALO NOSSO RISCO NÃO
ARRISCO
DESFAÇA SUAS MALAS, SOU CHUVA E TE PRECISO.






“ POEMA DESCONHECIDO ”



VOU PARAR DE FAZER POEMAS, É TÃO FÁCIL NÃO TER O QUE FAZER, MONARQUIA.
EU SOU AQUELE QUE NÃO SABE, ONDE SABER NEM VAI NEM VEM, BALANÇANDO.
O TEMPO PERDIDO HORA MINHA NADA MAIS.
O QUE SERÁ MEU HISTÓRICO?
POEMAS DE ÁLVARO FILHO?
POEMAS DE ÁLVARO FILHO...
AINDA CANSO DISSO EU NUNCA CANSO.
POSSO FALAR VÁRIAS LÍNGUAS E NÃO ENTENDO NENHUMA MORAL, POSSO SER MAGNÍFICO.
POSSO SER MAGNÍFICO?
QUALQUER UM PODE SER MAGNÍFICO, BASTA SER, SE GRIPANDO DE VEZ EM QUANDO.
FALO QUANDO QUERO E QUANDO QUERO EU NÃO FALO,
ESCREVO:
VAZA MINHA HORA, SENHORA, É TÃO BOM VAZAR, E JUSTO.
CONSIGO TANTA COISA SEM VALOR NO MERCADO, E O QUE VALE NÃO CONSIGO,
DEVE SER CULPA DO CRISTIANISMO,
OU DA POESIA.
MAS NÃO CULPO NINGUÉM, NÃO, NÃO CULPO.
SOU UMA PORÇÃO DE MISTÉRIO E UMA OUTRA PORÇÃO COISA QUALQUER NO ESTILO
BOLA DE CRIANÇA, PICANDO,
SENDO OUTRA CRIANÇA SORRINDO E CHORANDO.
E QUEM QUER SABER?
E SE ESCREVO PRA MIM ?!
E SE ESCREVO PRA SUPORTAR O TEMPO DO FARDO FARDO DO TEMPO!?
QUEM VAI SABER O QUE NEM EU SEI,
QUEM VAI SABER...

FUI ONDE NÃO ESTOU, EM MIM!!!
ESTRANGEIRO.

ENTENDA O SILÊNCIO.

SONHO ACORDADO NUM MUNDO QUE DORME.




¨ POESIA ALIMENTÍCIA ¨  ( A CANÇÃO )


A LUZ VOU ACENDER DA NOITE QUE ME AVANÇA, ESCOLHIDO.
É MEIO ENGRAÇADO ATÉ, O QUE NÃO PARECE.
ESTOU RECÉM PELO COMEÇO, E NÃO PARECE MESMO,
E ISSO REALMENTE.
É OUTRO DIA DE CHUVA, MAS NÃO AQUI, EM ALGUM OUTRO TEXTO
AINDA NEM FEITO E EXECUTADO POR ALGUM OUTRO ELOGIO MAIS
FALSIFICADO QUE O TEXTO.
AI RAÇA HUMANA, QUE FRIA; QUE FRIA NOS METEMOS.
MEUS QUADROS MUDAM MAIS QUE EU, E NEM ME CONHEÇO DE QUANDO
NASCI, SEM RÓTULO.
ABRO ASPAS, FECHO ASPAS, A HORA SE ESVAZIA DO QUE SONHO SER
EXISTINDO POR NADA, EM NUANCE.
NEM MAIS ME PERGUNTO O NOME DAQUELA MULHER QUE SE FOI QUANDO
NÃO CONHECI, PASSEI RETO.
A ROTA MUDA FORMA, O ESPAÇO PEQUENO SE FAZ EM PENSAMENTO
MEDIANO.
CONHEÇO AQUELE QUE LÁ VAI, NA MUDA FORMA ROTA DE SE ENCONTRAR
AO MENDIGAR, CAMINHO ALGUM QUE ELEVE.
AI RASTRO EMPÓRIO SITUAÇÕES, RAÇA HUMANA.
UM MERCADO SENSAÇÕES E ME DESPEJO LIVRE SEMÂNTICA.
POSSO PARAR, COBRADOR? SENHOR SEM NOME...
E COBRO DA DOR UM ESCONDERIJO RAZOÁVEL COM NOME/ENDEREÇO E FICHA
LIMPA NA POLÍCIA, COMO NÃO A MINHA, POESIA ALIMENTÍCIA.
A LUZ VOU ACENDER DA NOITE QUE ME AVANÇA:
PORTAL/CURRAL, ESCONDIDO.
É MEIO ENGRAÇADO ATÉ, E ME ENTREGO AO QUE NEM FAÇO E NOVAMENTE
PELO COMEÇO, UM FIM.
A CANÇÃO...
CORRO SEGREDOS
ARQUIVO MEUS MEDOS
SOZINHO ASSIM:
COMIGO BENTO BATO PERCO PRUMO
LÉGUAS LONGE
ENFIM -
ANJOS E ROSAS...
A CANÇÃO TOMA FORMA
JEITO DE CÉU DE ESTRELAS TOMADO
NOTAS AZUIS
BEMÓIS CROMADOS
SEMITONS/FIGURAS...
O PASSO CAMPESTRE DA MELODIA INFORMAL AGRADA,
REGIÃO INDOMÁVEL
TRAGO TRAÇOS PARENTES PARA COMIGO INFINITO
AMO SEM FIM, MEIO ENGRAÇADO ATÉ
E EXISTO POR ISSO, DE RITMO.
VAMOS, VAMOS, ESTAMOS QUASE LÁ...
SALTOS, MEGATÉRIOS, DIABOLISMOS, AO QUE TEM DE SER,
OU NÃO SER.
FERVAM CÉREBROS, SEMICOLCHEIAS
A CANÇÃO QUER CONTAR DA DANÇA NO PALCO EXTRAVAGANTE
E TAMBÉM CANTAR ELA QUER
ELA GAROTA COR DO VENTO, BRISA D`AURORA
SOLÍCITA AMADA
UM PRETEXTO MEU AO QUE FUI E SEREI
A CANÇÃO... FUSA CONFUSA.





QUANTO MAIS EU VIVO MAIS DESCUBRO,
ISSO,
A VIDA É UMA TAMPINHA,
A MORTE É A GARRAFA COM TODO CONTEÚDO.



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NO FIM DAS CONTAS NINGUÉM PODE CAPTAR NAS COISAS,
INCLUÍDOS OS LIVROS, MAIS DO QUE ELE MESMO JÁ SABE.
PARA AQUILO QUE A GENTE NÃO ALCANÇA ATRAVÉS DA VIVÊNCIA,
A GENTE TAMBÉM NÃO TEM OUVIDOS.

NIETZSCHE.
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O BOM SENSO É A COISA DO MUNDO MELHOR PARTILHADA, POIS CADA UM PENSA ESTAR TÃO BEM PROVIDO DELE,
QUE MESMO OS MAIS DIFÍCEIS DE CONTENTAR EM QUALQUER COISA NÃO COSTUMAM DESEJAR TÊ-LO MAIS DO QUE O TEM.

RENÉ DESCARTES.
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O gaúcho

O gaúcho, o pealador valente, é, certo, inimitável, numa carga guerreira; precipitando-se,
ao ressoar estrídulo dos clarins vibrantes, pelos pampas, com o conto da lança enristada,
firme no estribo; atufando-se loucamente nos entreveros; desaparecendo, com um grito triunfal,
na voragem do combate, onde espadanam cintilações de espadas; transmudando o cavalo em projétil
e varanda quadrados e levando de rojo o adversário no rompão das ferraduras, ou tombando, prestes,
na luta, em que entra com despreocupação soberana pela vida.

                                              Euclides da Cunha, OS SERTÕES.
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É o verde da poesia brotando de uma noite comum como sempre foi.
Se nada para totalmente, o mundo gira eternamente.
As formigas são como se não estivessem, pra lá e pra cá insistem.
O momento é traiçoeiro, o tempo é coadjuvante.
Eu paro e fico, quando sento e estou.

Vou fazer poesia quase uma semana inteira, até virar dia.


                                                                        LSPoeta... 






                             
                        " POEMAS DE ÁLVARO FILHO "


   É OUTRO SONHO ESTE, LONGE DE UM SONHO DORMIDO;
   MAS COMO SONHO ACORDADO, NÃO DURMO, VIVO.
   AGORA ESTICADO EM FRASES DE UM AMANHECER CANTADO
   EM PAZES, POR PÁSSAROS, ME LEVANTO, NÃO DA CAMA,
   DA CADEIRA QUE PASSEI A NOITE TODA COM CANETA PAPEL
   BORRANDO, NO COSTADO DA MESA; AINDA FICO LOUCO.
   MAS ENLOUQUEÇO POR BELEZA.
   E QUE DEUS ME GUARDE.
   SE AINDA MAIS QUE ISSO EU CONSEGUIR, 
   QUE EU CONSIGA.
   UM POEMA FEITO AO NATURAL E COM DIRETA HOMENAGEM
   DE AMOR ETERNO, SEMPRE VALERÁ MAIS QUE QUALQUER UM
   FEITO NÃO COM HOMENAGEM, COM DEFEITO.
   NÃO PERMITA.
   TAMBÉM SE ESTÁ FEITO, NÃO MOSTRE A NINGUÉM, 
   O MERECIMENTO VIVE ESCUSO NUM ANDAR PRESTES A DESABAR,
   NEM SUBA.
   NEM NADA; CALE-SE A SI MESMO, SUA VOZ A SEU CORAÇÃO TRAI
   SUA ALMA, PODE SER PERIGOSO, E TAMBÉM NINGUÉM PRECISA
   SABER.
   ENTENDA TUDO QUE PRECISA ENTENDER, E O QUE NÃO PRECISA,
   ENTENDA, VALE A PENA SABER.
   É CLARO TAMBÉM QUE SEM MUITO GASTO CEREBRAL CONTIDO,
   SENÃO É GASTO DESPREVENIDO, ESSE TAL.
   SINTA PROFUNDO O MELANCÓLICO PORTAL QUE SE ABRE POR
   ESSA RAZÃO, SE TIVERES O GOSTO NOBRE QUE BANHA ALMA E
   CORAÇÃO; SENÃO, BEBA, IGUAL, É TUDO VÃO.








A simetria do passo, nada mais, como não.
É o seguinte, a massa difere.
Entre um e outro ponto equivalente em distância, a massa difere.
A sintonia em questão passeia corrente, é captar, ou não.
Os recursos já foram dispostos, em livre/leve lance, é suprir.
A intenção, das melhores, na simetria do passo.
É um quadro aberto, personagens.
Espero, enquanto isso, aquilo que não veio, e redigo:
Entre um e outro ponto em equivalência distante, a simetria do passo, nada mais, como não, a massa difere:
Um gorjeio? Não, silvar serpente.
Ainda assim, tudo bem, tudo certo, é o aclive no maioral desfrute, guerra das luzes.
A estampa maldita é a presença constante e bendita, ser o que for, você, pela escolha.
A longitude se espalha, horas e dias, de um tempo...
Quantos mais sem saber?...
E o completo rastro de fogo em terra, passado.
Enquanto futuro, se queimando, vem.
Toque a charrete, aproveite o alarme, livre, ar...
As condições impuras não são, a clara noção vai te fazer...
Um dia, ou dois... ou mais...
O rolo não se despe de movimentos aleatórios por teu achado, o rolo se veste, e te carrega, sabedor sendo, de qualquer e todo, movimento teu.
A conquista é heroica.
As paisagens são a grande lembrança, de sangue.
Não deixa passar sem o silvo das máquinas ou grito das aves.
E árvores... e bestas... e cacos... e pedras... e rios... e bares...
Os melhores presuntos também.
É, em alguns lugares achados, perdidos...
Quero a folha do jornal em amasso, fogo e faço, na lenha.
Na tarde caída o aquecimento de um povo, na casa.
O maior dos passos, na varredura.
Todos os santos em miniatura, pensamento.
Todas as portas em soltura, por dentro.
Aqui e agora, versos e sombras, ao vento, sul...
Oeste ou norte, leste, na minha passada.
A melhor das vidas e a corrente, correta, estar...
As laranjas estão no ponto, espero eu, um suco, e tomo.
Estou na cozinha da vida, aberto ao pomo.
Foi grande o raio da noite passada, iluminou meu progresso, futuro.
Me alcanço quando estou em volta, de terra e água, de fogo.

As melhores conquistas estão por vir, elas estão sempre por vir, ainda que não...




                   ~

Ninguém sabe de mim...
Eu fiz da loucura minha máscara.
A fera e o santo, enjaulados.
O piquenique de espinhos, de algodão.

                    ~


A terra e o ouro estão guardados, a lembrança fugidia não é, ela aguarda hora real, proeminente.
O rastro é proeminente.
A sombra é proeminente.
A raia de dor e o estrondo, proeminentes.
Temos todo horário no favor, o homem está no posto de morte.
Amanhã, bem cedo, o julgamento.
Testemunhas de que um foram dois, na divisão.
O corte ao meio, e todos na pauta, uma reunião sacra & mendigos.
Um jardim aberto para o desfrute.
E somente um jardim no inteiro desfrute, como deve ser, como sabe ser, e mulheres e arranjos de neve pura, ao sol.
Alguns animais passeiam ao redor, alegres da música.
Um toque ao fenômeno.
As maiores distrações de uma vida, quero estar.
Por isso de ver e passar, sem ver... tipo... os piores trajetos.
Mas os melhores, maiores, que venham, a distância nos confunde.
O estudo e seus vários modelos, de ser, único, forma e jeito, na fonte; onde água, sem parar, jorra.
Mistérios de um ou mais, levitando.
As nuvens se fecham quando nativos na dança, de chuva.
Escuras, prometem o banho, que lava...
Alma/espírito & canção, por nascer.
A bebida que eleva está sendo servida.
Ajoelhe-se no brinde, onde poucos sabem, portal.
O guardião não pode se fazer de grilo, ele carrega uma arma de fio nobre e agudo, instante de ferro, escalada.
É seguro/segundo, único, e próximo ilha negra.
Visitantes não conseguem na entrada uma foto, a paisagem se fecha, em merecer.
Têm damas e lordes na comunhão do suspiro em vinho.
Um banquete aguarda os de fome no apuro, e vestidos impróprios.
O livro está sobre a mesa, e aberto com letras de sonho, compõe palavras de vento, que voam...
Deixe correr, deixe correr, as crianças estão no pátio em recreio.
Palhaços e cães, amigos. Quando temporal, fechem janelas.
Cerrem desejos de harmonia simplória, hoje, por isso.
O melhor é todo acontecido, por ser, na formação, parte única em canto e circo, girando.
Acorde, menina, sua escola é corrente e não aguarda seu sonho.
Seu sonho desmancha se não estiver na pose, de sonho.
É como falar e não ser ouvido, mas muitos na observação, contida.
Noite Persa, noite Persa, leio nos pergaminhos de outra vez a comunhão em desejos, o reflexo mental de mulheres e homens, ao mesmo...
Querem ouvir do canto mais longo e profundo?
Das vastas operações do espírito/soldado?
As caixas quadradas guardam ossos de um dia...
As árvores estão no mesmo lugar, DE SOL E SOMBRA.
O jogo não termina assim, e cheio de matéria na plástica operação, ciente.
Você pode dizer do amor e garota solteira, mas talvez...
Um foco e mais nada, em fraqueza.
Você pode dizer o que quiser, eles dizem...
Ou mais um pouco de mundo na veia, escrito em parede, acima olhares, canto e janela.
É o verão de sons e beijos e flores, mente sombria, de amor tanto, e lugares desconhecidos...
Quem mais pra dizer do contrário?
Eles estão por perto, eles sempre estão...
Eu consigo escutar seus apelos, por mais, qualquer...
Mas música forte ao dia nascente, é sempre, não se tome de preocupações adversas, adverso é o raio enérgico, em chamas.
Todos estarão servidos no fim do embargo.




Poesia esparsa aos raios que me trazem...
Um templo abusado de normas em falta.
Com musas faraônicas em chambres de tecido clássico, sonhado.
A melhor parte, talvez...
Um suporte ao que não foi de tempestade, e areia.
As rimas do deserto, ilusão.
Olá, quero todos na volta, ouvindo e falando, do nada.
Do que não é, e pensam...
Assim estamos a postos, por um fio deslumbre que emaranhe nossa ideia e atinja o ápice, inatingível, em terra.
Sete e quarenta da manhã, vou parar e descer.
É o pináculo das sombras saídas da noite.
O recurso mais alto em fenômeno restrito.
A caldeira se fecha.
O preparo das vidas e novas, velhas. Um costume premeditado.
O alcance do que não foi, vertente.
A reunião das vazantes terrenas.
Excessos e abusos no raiar de um dia, novo.
É sempre o que parece ao crescimento.
As dádivas de um pôr do sol. E lua.
O brilho radiante e ambas as partes.
Uma grafia única para o que ainda não foi escrito, e se analisa.
O espaço de globo em olhos pequenos.
A precisão no combate e alcateia, e se dissipam.
Onde o erro é sem chances, visíveis.
O amigo mais perto, é morto, o vivo, assassino.
O teatro e suas cortinas de sangue em prol nenhum, mas inimigos.
Ou uma guerra interna em memória e passo universo...
Gás e ar.
As membranas secas e galhos.
Pedras e pó, a civilização e nada.
Os clarins são o toque mais alto, estejam na formação, a milícia agradece, aos tiros, na mira.
O alvo é um outro, e tu nem sente.
E tu nem sabe, do próximo, você.
Quando procuramos em nós mesmos o que nunca encontramos, procuramos em outro, o que nem sabemos.
A vitória e a derrota são ÚNICAS, em guarda máxima.
Escuto isso dos ferros que trinam, dos séculos.
Já visitei museus de morte, de vida.
Já fui e voltei, onde nunca...
E na coisa mais quente, vista, a visão do engano.
Um paralelo cotidiano, presente.
Oriundo dos mestres, magos.
Oi, o canto é o realce da tribo.
A dança, a magia do corpo.
O olho, o espírito feito momento, esquecimento.
Os segredos estão guardados no fundo.
Na escuridão as promessas mais claras, de luz, subterrânea.
O algo mais, de um menos.
Os homens por isso não sabem, daquilo, e morrem.
A morte é a única verdade.
Aqui, sucatas extemporâneas, e aglomeramos.
A junção magnética em desgraça, alheia e própria.
O lusco-fusco envolvente, dia e noite.
Como é bom ter vindo contar, do canto, e conto.
As mais belas rosas de um jardim também.
Estamos todos de lodo no banho, lousa em rol.
É quando a pura liberdade no tom, supremo.
As bases do edifício do ser, ali tomadas.
O ser e o não, no conluio.
E falar de vida e morte rindo é um grande passo, na soltura dos verbos.
Dos verbos instalados, inalados na caveira do estar.

Quando palavras param, me deito.  


           


Já amanhece por aqui...
Quem sabe o que vai dar?
A espécie se garante, conotação vazia ao esplêndido arquiteto.
Um experimento por mais, na revolução.
O quarto foi aberto de experiências, as mais duras e mórbidas, e por dentro um santo, e mais alto grau/construção, espírito.
É feito primórdio tardio, no efeito.
A psicologia maior na forma saber, não saber: oceanos na trama.
Não se tem outra via ou porta, mas uma careta em faceta cordial e farsante em corrida desigual, algo marcado em eterno jantar, e infinito bem vestido.
Todos os bancos foram ocupados.
Todas as praças são de sangue, na guerra.
Todo manto sagrado, é sujo: de alguém...
Agora é a luta armada, que amanhece por aqui, e bravos e índios de alma, em meio sacrifício.
A passarela é estreita. Arestas no fio {susto} guarnecem, e outros não sabem.
Milhares pela aposta no conforto e qualquer chance, alguma.
Ou seja, que participe entre o ser e não, ativo.
A vez se aproxima tempestuosa, de sempre.
Como o simples não mais, ingente.
O rock de dor samba junto, as mãos carecem das mãos, de muitos, solidárias, e solitários não por inteiro, acontecem...
É um bom tempo, esse, e vário.
Mais longe que algum, nenhum, onde campo agradece visita de sol, e floresce.
Os portões apartados da entrada se fecham, e cavalos de novo.
Cavalos da praia de algodão, que estive.
Os mais livres e densos pensamentos, velozes.
A sede subir, na sede subir, e alto-relevo.
A proposta de um universo pomposo, no todo, elementar.
A fuga e diversa.
Um brilho entre espelhos ofuscado pela rachadura das regras e vento.
Um vento cortante, laminado.
Cães soltos na volta e sonhos, amanhã...
Eu quero estar... eu quero muito o que tenho e só, até...
É, e agradecimento impreciso na certeza do que é...
Atravesso continentes em mim e saio ileso das guerras que cruzo, sem bandeira.
São pórticos de outro mundo, estabelecidos...           
Iremos também, numa manhã, desvendar o dia....
Mergulhar na indecência do outro, achando a nossa, beata.
O momento pode estar lindo, lá fora, enquanto ninguém sabe e se deita...
Enquanto rostos se batem nas vitrinas de um logro em falência.

Poucos podem restar disso, e muitos ainda...






Por uma organização andei dias, cavernas, obscuras...

Obscurecidas, sim, um ar negro em saliente solidão.

Um vento/sopro diário e morno, quase gélido, ao fim, orquidário.

Ou foi assim...

Andei a mais obscura e gélida caverna para trazer-te a orquídea mais fina e límpida, encontrada, ao desencontro...

O brinde dos deuses em foz crescente...

A mais rude vitória em tempo de paz, e assassinos.

Passantes no flagra de morte.

Onde o bolo em chocolate feito quermesse distribuído sem lei: foi.

A notícia veio antes do acontecido, e nada parece com linhas de gente que sabe, o que não é...

O quarto fede na manhã solteira, de danos.

O vizinho maluco passa perto, a porta tem frestas na tábua.

O olho gordo e mágico do mágico gordo.

O homem de vidro e carne, na cara, de pau.

Suas sandálias de aço rastejam madrugadas de neve.

Uma névoa vibra no coldre policial, desperto ao café forte, que não posso.

Eu sigo rastros que passei... outra vez, quando longe era mais, perto, e desligado.

Os muros em tijolos de creme, esburacados, de balas, de chumbo, vencido, estão...

Quem mais pelo troco?

Um sorvete e tudo certo?

Uns poucos adivinham o que não se pode, e deixam passar...

Outros mentem das mentes, em transe.

Onde o melhor seguimento é rolar, rolante, estilo bola e lobo.

Um açude em nervos precoces.

Crianças no banho do avesso, animal.

Uma ponte marcada aos protestos, prisões...

O pé marca a batida, um copo de gelo e o toque ligado, garrafa vazia. Vai, é o salto tardio da hora passada, certeiro.

Quem vem lá, tenta entender o que não pode e resignado fica.

Quem não vem, não tenta, estacionado se dispõe, cicatrizado.

Paro e mijo, formigas sobem minha lágrima, caída no inverno.

Um minuto, um minuto, apenas um minuto, qualquer, e digo isso, nada mais.

Como estar ao zero flagra, e não ser.
O que mais para poder na fuga, poder... ( ? )
O vento propício me despacha, sozinho.
Um tipo sozinho de nada, acompanhado de tudo, e não...
Não mais ao que se revela: vizinho.
Mil gatos numa caixa de sombra em papel verde, marrom...
Todas as vestes de outra vez, soldado.
Uma parte do mundo que me falta, deixei nas pedras.
E pedras azuis e vazias, de sangue.
Mas granito em prol...
E falas de liberdade como se...
Por enquanto nada é o que parece.
As cores nem tão simétricas, ou dores ou flores, patéticas.
Aos que pensam que sabem, nem pergunto, eu respondo, não sei!
Mas do protesto das formas cadavéricas em cima do morro de baixo, a múmia sadia e gostosa, sádica em veneno púrpura, corre, socorro...
O favor é fato, contínuo.
As imagens se mesclam no gás e concentram, memórias...
No gás do relógio.
O favor é contínuo, como o fato.
O corrimão da escada está quebrado.
Ninguém vai falar o contrário, ao subir, sem escora.
E onde médicos matam e morrem, alunas...
Alunas e seus sabores, na groselha, escolhida.
Me viro senhor da minha hora, vazia.
Quando não falei nada eu pude pensar no dito que não tinha, o silêncio me expôs.
E por perto palavras corriam, no freio que não tinham, e garotas sedentes... salões adornados... cangas e lençóis...
Alguns cantavam da praia aberta.
Outros se distribuíam ao levante magno da onda sonora, som do sino.
Uma batida única e levada em toque celestial.
Bois correm sob um céu de estrelas, assistentes.
As estrelas que sabem do véu perdido na vaga em brasa. 
O que nunca mais, se repete por nada...
A companhia perfeita no zero embate.
Ela está atada numa estátua de gesso de outra vida, e tenta passar esta...
Tenta passar fria, teta fria.
Não vejo mais nada que não for, e substituo.
É fumaça das décadas, decomposição.
O gado invadiu meu sonho, e pesado.
Cavalos, nem falo, mais uns...
A praia foi invadida, de novo.
Por simples desfrutes, homens se carregam de carmas, contentes, vindouros, a sofrer.
As cercas ao chão de velhos passeios, dizem tudo, do nada, restante.
Como não assistir, em si mesmo, o cravejar-se de vermes?
Ou o cobrir-se de ângulos visíveis, subterrâneo?
As tocas do espírito ainda são mais reais que a podridão da carne, ao sol.

Eu nem pergunto quem veio ou ficou, eu saio...



Tudo de Novo... 

                   /Luares/
                          As portas estão...




Enquanto momento escorrega, deslancho fugidio em volta própria, e minha caveira, esquálida.
Um risco e rico, escolhido, por esse, transitivo.
Eu prefiro criar a sair na caça.
Tipo... abrir os olhos no escuro e ver nada, mas tocar...
Sentir em único primor, um sentido, próprio/estético, humano.
As canetas estão carregadas de vento e alcatrão, em cidades mesmas, acima e algum...
Assim que notei movimento instantâneo, tratei assobio em escada como prioridade, e fricção pensamento.
O retorno em força é frívolo/farsante, e se apodera do que tu não é, te fazendo.
Ou seja, o melhor e qualquer, enquanto esteja, que momento escorrega: deslanche.
Tudo de Novo e Plasticência em Aclive & A Nova Etapa, Arquivo Pessoal: Ensaio de Mim.
As portas estão...
O curso é completo de curvas e afoito e disposto, no banho.
Maria que o diga, e como falar não, não teve, foi prioridade.
Eu priorizei.
Estive de lance maldito, na bênção, e chute mágico.
Um rio de árias me tomou: tudo de novo...
O fumo e o cachimbo, garrafas e copos, cadáver de sombra.
O segredo em mistério estar vivo, passando.
Quantos no qualquer gosto, escolhido?
Arte me fez esse, conceptivo de imagens no confronto: me pareço e sem freio.
Em tempo de luz e mesa, um templo.
Assim, um abajur na volta, imóvel.
A parte mais séria em cor opaca, o escondido riso.
Violento...
Todos em seus postos?
A carranca toma conta.
Faltam dez dias para alguma coisa, qualquer, e quando for, mais dez dias para outra, mulher, faltarão...
Eu não posso saber do que se trata.
Eu não entendo a língua dos anjos.
Ou melhor, eu não entendo nada, e faço questão, seguir...
Os dias me são raros.
Se cheguei até aqui, foi lucro.
Foi lucro?! Foi louco!!!
E o movimento persegue, horas e horas trocando a roupa, em mesma cara.
Eles te dão ouvidos, tu dá empurrão.
O fogo pega no trapo incolor e sem preço.
As ruas estão sujas de vento prematuro.
Um princípio de fim /e/ perversidade.
Um alto risco sem troco e verde musgo sem terra.
Escamas de um passado em morte.
Tripas de um partido ao meio em meio cavalos.
Mas perigo fértil se torna em veia viva, e corre.
Do início dos homens o que veio, e coragem.
A regra foi continuar... e esboço mantido.
Linhas e linhas de um histórico sanguinário e altivo na concessão.
É, é grande e magno: vinco: valete.
Tensos modelos preenchem páginas e páginas sem socorro e não param... por isso e aquilo, de não...
Apago a luz e me deito, por ver amanhã, iluminado.

Por raias do olhar, um faro e astuto, na margem do ser.

É o seguinte, eu sou poeta.
Eu precisava da experiência
Toda
Poesia é cosmos.
Um passo campestre na beira do lago
Um espaço encantado e a subida
A colina mais alta, por dentro
Um ensaio inteiro por toda hora
O jogo de fogo em laço ardente
O passo corrido em ar de velas.

Não se queixe da vaga
Ela importa o que há
E muito mais lúcido/embriagante
Largo e gordo, saudável
Quando todos os reflexos dissolvidos em partituras,
mais isso, em meio e claro lampadário, provisão.

                                                 ~

Não entres nessa noite acolhedora com doçura ( trechos )
Dylan Thomas.

Não entres nessa noite acolhedora com doçura, pois a velhice deveria arder e delirar ao fim do dia; odeia, odeia a luz cujo esplendor já não fulgura.
Os loucos que abraçaram e louvaram o sol na etérea altura e aprendem, tarde demais, como o afligiram em sua travessia
não entram nessa noite acolhedora com doçura.
Não entres nessa noite acolhedora com doçura, odeia, odeia a luz cujo esplendor já não fulgura.

Fúria, fúria contra a luz que já não...

Não adentre a boa noite apenas com ternura,
A velhice queima e clama ao cair do dia,
Fúria, fúria contra a luz que já não fulgura.
Embora os sábios, no fim da vida, saibam que é a treva que perdura,
Pois suas palavras não mais capturam a centelha tardia. 
Não adentre a boa noite apenas com ternura,
Fúria, fúria contra a luz que já não fulgura…

                                    ~    

É o seguinte, eu sou poeta.
Eu precisava da experiência
Toda
Poesia é cosmos.
Política é uma farsa, aliás, estamos aí...
Um jogo de interesses, e assim vai ser sempre, o que foi sempre...
Isso é relativo ao momento que prossegue, passado, futuro e presente.
Por todos os poemas um pouco de mundo, em todo mundo, um poema.
A televisão perde a linha sem antena.
Os relógios marcam outros segundos em velas que ardem, o passo corrido em ar.
Quero fogo e gelo na porção mistério, o arcano universo, em mente.
Enquanto espaço não mais esse, propulsor.
A música da outra sala já vem, e nas cambalhotas que vira, meu sorriso idiota do espelho na ponta, em fio.
Os quadros estão adiantados na parede invisível...
E claro que sei da caneta que pego e me reparo, assistido.
A música não para, é luz e vem, por cima.
A batida é limpa.
É momento matinada e aproveito livro em mãos, orelhas desfaço.
Penso em mim/em ti, efeito e um laço, rarefeito.
Mais um pouco de paz?
E nada é o que sabe, alguém...
A prisão foi aberta e entramos.
O fisco e o risco, de sempre.
Mais que não sabe o que fazer na luz, em falta, aquele...
É um painel diverso, acidentes e versos, esferas.
A lâmpada fim do dia.
Findo dia.
O telefone sem número, e ninguém ali, adivinha:
Fama & merda.
Um negócio e sua pura propensão, esgoto.
Ou a melhor moradia, sem portas.

Me aposento em casa, sem grana ou graça.

Já o sono que me bate, o mesmo.
O mesmo de ontem, desconhecido em sua toda persuasão, de sonho.
As garotas se foram, da noite.
Bela em seu esconderijo, de sombra.
O chão é de pedra-serpente.
Não sinta-se no acúmulo, você mesmo.
A batida libera, lidera e consiste, magia.
Os mandantes do crime se reúnem, juízos, se batem, morrem.
E flores na mesa, granito. Pisadas e amanhece...
Na chuva caída em trama cuidadosa, garrafa vazia.
E copos. E mentes, saltitantes...
O melhor meio de estar, e ser...
E segundo algum, obscuro.
Vejo todas as cores em único olho, franzino, profundo.
Eu posso mais que isso, e alimento.
Já o sono que me bate, o mesmo.
O mesmo de ontem, desconhecido em sua toda persuasão, de sonho.
Já o sono que se foi, é aquele, sonhado.
O mesmo de antes, reconhecido em canção, refeita.
O monumento em ruína, de guerra.
Composto em sua grande verdade, mentida.
A frase é lasca-batida, e letra.
Assim seja, e madeiro.
Quantos pelo superior em convés?
E corpos na praia... e sangue de lua...
Fomos repartidos no baile. A bebida, morreu.
Rosas e pasto de um dia, sem mais... o sol é senhor.
O campo será semeado de pisadas, ao amanhecer, e hora exata.
Um ar em prol, continente.
Todas as forças em resistência, e um e outro.
O poder confrange.
Quem sabe, já foi; quem não, está.
Quem não está?
Já o sono que se foi, é aquele, sonhado.
O mesmo de antes, reconhecido em canção, refeita.
Quem se foi?
E quem não acredita...
Ele vai longe, desvendando horizontes de névoa em forma.
O perigo de ser um, em outro, e comportamentos de soldado sem farda, uniforme...
Eu prometi que estaria sozinho na espera, mas pássaros me conduziram ao pródigo estado e lançado fui de esperança crua, pura e nua, feito estrela.
Um lançamento de fato/zodíaco permanente, e caos, de cara, e casos.
Outros que pudessem perceber, não estariam...
Apenas, mas apenas, por isso, composto e solo.
Um senhor arredio anda perto e calado, mas seu olhar se dissipa em meio frutas podres de um chão batido. Cruel. Outra vez...
Tudo certo, ao que for.
Este que veio, está.
O acontecido que tiver, é corrido das performances preferidas de um destino. Nada mais. Sem correr. O lugar será outro quando não for...
Estou por estar.
Ou porque estou...
Esse único momento me fez mil, em cem.
Sei bem mais que posso, e me garanto.
Sim, me garanto de arte nem feita, e sem rumo.
O que pensam aqueles, nem sei, preciso disso...
Não preciso daquilo, sem foco.
A mais rara estação universal se casou com toda imagem permanente, em mim, por esse.
Sem escape, uma combustão que incendeia.
Um valor descabido, sem provas ou rastros fósseis.
Mas em mente/arquivo/produzido, embalado, e jeito espírito, assíduo e liberto.
Isso, liberto em mim, empírico.
Eu preciso é daquele, em louco.
Eu preciso é do voo, solto, e vertigens longas, eternas...
Nem mais tentarei outras frases, que não vêm...
Estou de mim cheio e perplexo, arrebatado por todos que não fui, e disperso; uma avalanche sensitiva e sem nexo, mas todos os tipos de um ligame em químico conjunto, e físico.
A passagem é aberta, a passagem que não fecha.
Permanecemos estáticos quando não somos, e a luz mais intensa, se apaga.
Como não fixar prontidão ao exato que insiste?
Está toda forma e relato em apêndice mental.

Quem não sabe encontrar, esquece, o correto que medra, errando.



Preparativos de uma noite qualquer.
Motores roncam na beira do abismo, insólito:
O mar e suas ondas, cenas se repetem:
Amor /e/ explosões.
Gatas frias percorrem jangadas, solitárias.
O espaço metafísico diz não as respostas, onde lutas se aglomeram, e pasto.
Um beijo e a sala vazia, de luz, no escuro.
Portas abertas ao sereno horário, noturno.
Gatas frias e suas pernas de veludo, pela noite veludo, composto.
Toda uma estrada de folhas, banhada.
O tabuleiro cinzento, de esfera.
Quando em outra filmagem o laço em meteórico friso, asas da imaginação.
Ah, e outros de convite comprado, não na entrada, mas saída, se convite falso.
O olhar profundo vai compensar toda perda e ruínas e lapsos, manhã de domingo, domingo chuvoso.
É o que acontece na semana mais fria, de correnteza...
É como se não fosse ou fosse diferente, assumindo outras faces.
Um porto mais rude que outro, coberto de fogo embarcado.
Um fogo oriente, curtido em critério e lógico.
Cercanias de um porvir adivinhado por sombras e vozes, e outros... que não são, e passeiam...
Outros carregadores e almas, de almas...
O plácido jardim hemisfério das cores e letras, cantadas, e livros de magia secular em volta da mesa.
O castelo esteve sempre aberto, e por aqui poucos sabem, da ordem, poucos querem saber, e se atiram por lobos, de selva.
Fui e voltei por vários métodos, cheguei num velho recomeço, por costume, e atirei na dor com bala festim, diabólico.
Mas assim, com sempre toda parte escrita, e mente.
Um novo show, em velho alvo.
Uma batida louca e perversa de vida e morte, no acorde.
Como se eu pudesse subir e descer, infernos e céus, solto de alma,
& corpo.
Talvez assim, a mais quente balada na perda total do que não fui.
Espectro.
Amanhã nesse mesmo tempo, nem sei, mas ocorre que... algo, algo estará, e... me convenço.
O seguir se repete pelos microfones do permanecer invisível, se vendo.
Eu não consigo captar meus amados vizinhos, que se foram.
Nem os átomos microscópicos, nem os passarinhos, transeuntes e espíritos, d’outrora.
Leio minha mão debaixo d’água, enxergo longo caminho e vasto e claro, de mim...
A perfeição das algas, libertas da poeira renitente.
E lastros de uma outra vida, e navio e naufrágio.
Por enquanto, penso livre.
Ou penso estar, ou penso que penso, seguido dos mais nobres métodos, desgastados.
Os cães e seus muros, as bestas e as lojas que fechadas se dão pela hora negra, escondem a cria monetária, escondem o futuro escravo humano, maior.
As ligações estão sendo exatas.
Tudo como deve, ao simples fato, dever e ocasião.
O plano e a ordem, desordem.
O cadáver descoberto, completo, e puro e limpo, de terra.
All right!!! Venha criança, é a noite, estamos na lista.
A corrida é de sangue na previsão, festiva.
Os alimentos possuem veneno, a visão é turva, a saga é louca e perfeita, é louca e perfeita, eu digo louca e perfeita.
Hehehehhe, não pare no meio do curso, as curvas são para se ter um melhor perímetro em vista, na obscuridade, é treino e apenas.
All right, sinta-se limpo de novo, novo, como nascimento e colheita, assim a partida, assim a chegada.
Os faróis estão por nosso perímetro.
Na seca e na chuva todos os rastros se foram, e continuamos, de preto e branco, verde ou cinza.
Os ventos levam e trazem, e vamos...
E todas as portas por isso, de ser e não, presente.
Um gesto que deixe de fazer questão, e se desvende.
Ou piso fresco recém pintado, século passado.
Todas as formas e forças estão girantes em nosso prazer.
Nossos recursos são infindáveis, e estão...
Ainda que... nada mais.
O bom de tudo um pouco, que nada ainda não veio.
Eu me sinto bem de falar o que não devo, e me calo.
Todos os dias andei por aí, enquanto dormia, um sono leve, de peso. Eu sei de mais isso, de menos.
O que pensam de minha pessoa aqueles que não são?
O que escuto sem ninguém falar?
Tá bem, eu posso imaginar, e tenho todos os desenhos de uma galáxia em única e inóspita região de meu globo ocular, onde espírito se deita, ao descanso.
Tá certo, eu conto o que não conto, e fico.
Meu todo tempo é esse, e prefiro.
Meus dedos digitam um mês inteiro no computador, e em outro, se precipitam, papéis e pintam.
Tenho muito de um céu em torno cantante.
Também tenho tudo de sonho vacante, um rodízio.
A fonte mais pura e cristal, marimba.
Passem com a gente, eu sei que vocês estão, onde não, e se completam, reconhecidos.
As fotografias são outras, mas os testemunhos, são rastros, raros, do que se foi, levando, levante.
A experiência nos fez maiores, melhores, e ainda faz, de latitude longitudinal, iluminados gigantes, minúsculos.
Por enquanto é passar, de sol.
Por enquanto é cantar, da chuva.
Ou na... porto seguro, terra e planeta.
Só não sei o que acontece, quando um feito se desata, sozinho, de um nó. Eu não sei nada, eu sei nada, certo ou errado?
Eu volto pra casa toda vez que reflito, mental.
Eu salto de mim todo tempo que entro, sem tempo.
Vou e volto infinitos, por essa caveira.
Me concentro no osso, que me sustenta.
Me alivio na carne, que posso.
Todas as datas conheço, em sou o que fui.
Nada mais vai ser de mim, o que escrevo.
Estou comprometido em virar versos da noite pro dia, e escutar aves e vermes que lambem as folhas, antes do escrito.
Aves e vermes, na podre rapina.
O hálito do morto prefere as entranhas saudáveis da mulher solteira e maldita.
A fome da exatidão natural pode ser devidamente explícita em seu corredor, ou hospício.
Peço que me deixem passar, tenho recursos de sombra e luz, para toda comédia.
Outros que não sabem o que fazer, eu canto.
Ou deixo créditos na passagem, que se fecha.
Ah, e posso não saber do fim, como assim começo, mas me reparo corrente, atos de lua, vazia ou cheia, luares...
Todas as formas presentes, sensacional sensatez.
Quem vai dizer o contrário, alô, alguém aí?
Me ouvem?
Quem mais na saída? Entrada?
Ou esqueço de mim, permanente, ou me deixo, onde não fui?!
Um pedaço de papel para escrever outro fim, não tenho, também não posso, as letras foram contadas, ai meu Deus, o que será desse, aquele? O assassino morto?
O baile de máscaras acabou, vá pra casa e se construa novato, no primor, talvez aí...
Talvez? Talvez! Talvez? Talvez!
Ah, vá lá, eu canso e me deito, já é hora, e passada, futuro.
Esse troço é sem fim, como um peido universal, a rebarba de um mundo, algum...
  





The Plastic Book

                       &

                      The end




Weird scenes inside the gold mine




Seja bem-vindo, aqui, você vai morrer.
É um bom tratamento em saber, futuro.
Única amiga, no aguardo, seja bem-vindo.
Tenho sonhos e gritos, guardados, afinados, pra hora, hora certa.
O som é claro.
Você já entra ao desabe, mais certo que sim, é não, não vai;
A continuação é outra forma, variada/insistente, e se faz.
Até pode pisar como sempre, este solo, mas com outra guitarra, outra voz, outra vez; seja bem-vindo, você vai morrer, de sono ou fome ou sede, você vai morrer, qualquer, qualquer morte, ou mulher...
É um bom tratamento, este, presente.
Única amiga, no aguardo, seja bem-vindo.
Tenho sonhos e gritos, guardados, afinados, pra hora, hora certa.
O som é claro.
Alguém diz não entender, eu explico:
Seja bem-vindo, você vai morrer.
 




Cenas estranhas dentro da mina de ouro




   This is the end…




                   
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